Viajando com seu pet? 15 cuidados essenciais para uma viagem tranquila em família

Levar o pet junto nas férias pode transformar a viagem da família em uma experiência ainda mais especial — mas requer planejamento detalhado. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (ABINPET), cerca de 38% dos tutores que já viajaram com seus animais relataram dificuldades causadas por falta de preparo ou falta de estrutura adequada no destino. Garantir o conforto, a segurança e a saúde do animal é essencial para que todos aproveitem o passeio sem imprevistos.

1. Verifique a identificação e vacinação do animal

Antes de pegar a estrada, certifique-se de que o seu pet está com microchip atualizado e que a carteira de vacinação esteja em dia — especialmente com vacinas obrigatórias como antirrábica e polivalente (V8 ou V10). Alguns hotéis pet friendly exigem a apresentação do comprovante. Leve sempre uma versão impressa e uma digital no celular.

2. Escolha a caixa de transporte ideal para o tipo de viagem

Seja para carro, avião ou ônibus, é fundamental usar uma caixa de transporte segura, ventilada e confortável. Para viagens de carro, o ideal é que ela possa ser presa com o cinto de segurança. Inclua um paninho com o cheiro da casa ou brinquedo favorito para deixar o pet mais tranquilo durante o deslocamento.

3. Checklist do que levar para o pet

  • Ração e petiscos (com sobra de pelo menos 2 dias)
  • Potes portáteis de água e comida
  • Sacos para coleta de fezes e tapetes higiênicos
  • Manta ou caminha que o animal já use
  • Guia, coleira, peitoral e plaquinha de identificação

Outros itens úteis incluem repelente próprio para pets, escova, lenços umedecidos, remédios contínuos e um kit de primeiros socorros veterinário. Se o animal faz dieta especial, leve ração suficiente para todo o período, considerando possíveis imprevistos.

4. Confirme se a hospedagem é realmente pet friendly

Nem todo local que aceita animais está preparado para recebê-los bem. Verifique com antecedência se há restrições de porte, raça ou quantidade e se há taxa adicional — que varia de R$30 a R$100 por noite em média. Plataformas como Booking, Airbnb e o site Pet Friendly indicam hospedagens adaptadas com áreas externas, kits de boas-vindas e até cardápio especial.

5. Entenda as regras do transporte

Em voos nacionais, companhias como LATAM e GOL aceitam pets na cabine em caixas com até 10 kg (animal + caixa), mediante taxa média de R$250 a R$350 por trecho. No transporte rodoviário, empresas como a Águia Branca permitem animais pequenos mediante caixa apropriada. No carro particular, nunca transporte o pet solto: use caixa ou cinto de segurança específico.

6. Proteja o pet contra pulgas, carrapatos e mosquitos

Viagens para áreas rurais ou litorâneas exigem cuidados extras. Aplique um antiparasitário adequado antes da viagem e fique atento a sintomas como coceira excessiva, febre ou apatia. Em regiões como o Centro-Oeste e o Norte, doenças como leishmaniose e dirofilariose (verme do coração) são comuns e exigem prevenção com produtos indicados por veterinários.

7. Mantenha a higiene e controle das necessidades fisiológicas

Ambientes diferentes podem causar mudanças no comportamento do pet. Faça paradas regulares para que ele possa urinar, se exercitar e se acalmar. Em hotéis, use tapetes higiênicos e leve produto de limpeza enzimático para qualquer emergência. Lembre-se: recolher as fezes é obrigatório em locais públicos.

8. Monte um kit de emergência e tenha contatos veterinários à mão

  • Antisséptico, antidiarreico, pomada cicatrizante
  • Gaze, esparadrapo, termômetro digital
  • Limpeza de olhos e ouvidos

Identifique clínicas 24 horas no destino antes de sair. Aplicativos como Petz, DogHero ou plataformas como VetSmart ajudam a encontrar atendimento veterinário emergencial nas principais cidades brasileiras.

9. Cuide da temperatura durante o trajeto

No verão, o calor pode ser fatal para os animais. Nunca deixe o pet dentro do carro estacionado, mesmo com janelas abertas. Use tapete gelado, bebedouro portátil e mantenha o ar-condicionado ligado quando necessário. No inverno, principalmente em regiões como o Sul, utilize roupinhas e cobertores para raças mais sensíveis ao frio.

10. Observe sinais de estresse durante a viagem

Respiração acelerada, tremores, latidos excessivos ou isolamento são indicativos de estresse. Crie um ambiente tranquilo, com momentos de descanso e atividades que o animal reconheça. Crianças devem ser orientadas a respeitar o espaço do pet durante o passeio.

11. Utilize apps e sites para planejar sua viagem com animais

Ferramentas como DogHero (para hospedagem), Pet Booking (agendamento de banho/tosa/veterinário) e o site Guia Pet Friendly fornecem informações valiosas sobre onde ir e o que fazer com seu animal. Grupos no Facebook como “Viajar com Pets Brasil” também oferecem dicas práticas com base na experiência de outros tutores.

12. Em viagens longas de carro, faça paradas frequentes

A cada 2 horas, pare para que o pet possa beber água, se movimentar e aliviar o estresse. Muitas rodovias brasileiras contam com postos de gasolina que possuem áreas com gramado. Lembre-se: em 10 minutos o carro pode atingir temperaturas superiores a 45 °C.

13. Após a viagem, monitore a saúde do animal

Ao retornar, observe o comportamento do pet. Se apresentar sintomas como diarreia, vômito, apatia ou feridas na pele, leve-o ao veterinário. Faça uma inspeção cuidadosa no corpo, orelhas e patas para verificar se há carrapatos, espinhos ou lesões.

14. Divida responsabilidades entre os membros da família

Antes da viagem, defina quem será responsável por alimentar, passear e supervisionar o pet. Isso evita esquecimentos e sobrecarga para uma única pessoa. Em famílias com mais de um animal, vale a pena montar fichas individuais com as necessidades de cada um.

15. Volte à rotina o quanto antes

Animais são apegados à rotina. Ao retornar, retome os horários de alimentação, passeio e sono habituais. Lave todos os itens usados na viagem, como cobertas e brinquedos, para remover odores estranhos e possíveis parasitas. Uma rotina previsível ajuda na readaptação.

Atenção: Este conteúdo é informativo e não substitui a orientação de um médico veterinário. Em caso de dúvidas, procure um profissional de confiança.