Viajar conectado virou uma necessidade – mas qual opção escolher?
Hoje em dia, viajar sem acesso à internet é praticamente inviável. Seja para usar o Google Maps, chamar um Uber, fazer reservas, traduzir cardápios ou compartilhar fotos nas redes sociais, ter conexão estável no exterior virou item essencial na mala. Para quem sai do Brasil, as três opções mais comuns para se manter online são: usar o roaming internacional da operadora, comprar um chip local ou utilizar um eSIM. Cada alternativa tem vantagens e desvantagens em termos de custo, praticidade e cobertura. Neste guia completo, comparamos essas opções considerando a realidade do viajante brasileiro.
1. Roaming internacional: simples, mas pode sair caro
Ideal para quem não quer se preocupar, mas o preço é alto
O roaming permite que você continue usando seu número brasileiro fora do país. Operadoras como Vivo, Claro e TIM oferecem pacotes diários, semanais ou mensais. Por exemplo, a Claro cobra R$ 39,90 por dia para uso em países fora da América Latina. Já na Vivo, planos mensais custam cerca de R$ 129,99 para 7 dias em países como os EUA ou Europa. A vantagem é que você não precisa trocar de chip, mas a desvantagem está no preço elevado – principalmente para viagens longas.
- Vantagens: Número brasileiro ativo, sem necessidade de configurar nada
- Desvantagens: Custo alto por dia, possível redução de velocidade após franquia
- Indicado para: Viagens curtas, emergências, uso corporativo
2. Chip local: economia com boa quantidade de dados
Mais dados por menos dinheiro, com alguns ajustes
Comprar um chip local no país de destino pode ser a opção mais econômica. Em aeroportos ou lojas locais, operadoras vendem pacotes para turistas com dados móveis generosos. Em Portugal, por exemplo, a Vodafone oferece 10 GB por 15 dias a partir de € 15 (cerca de R$ 85). Na Tailândia, operadoras como AIS oferecem 15 GB por 7 dias por menos de R$ 40. O único requisito é que o celular esteja desbloqueado. Em alguns países, pode ser necessário apresentar o passaporte para ativação.
- Vantagens: Preço baixo, grande volume de dados, excelente para quem consome muito
- Desvantagens: Troca física do chip, novo número local, ajustes de configuração
- Indicado para: Mochileiros, viagens longas, usuários intensivos de dados
3. eSIM: moderno, prático e ativado em minutos
Para quem tem celular compatível, é a solução mais conveniente
O eSIM é um chip virtual que dispensa a troca física. Modelos como o iPhone XR ou superior, Samsung Galaxy S20+, Google Pixel 4 e mais recentes já vêm com essa tecnologia. Plataformas como Airalo, Nomad e Holafly vendem pacotes eSIM para diversos destinos. Um plano para os Estados Unidos com 3 GB por 5 dias custa a partir de US$ 5 (cerca de R$ 27). A maioria é apenas para dados, ou seja, sem chamadas ou SMS tradicionais – mas apps como WhatsApp funcionam normalmente.
- Vantagens: Sem trocar chip, ativação remota, planos regionais ou globais disponíveis
- Desvantagens: Nem todos os celulares são compatíveis, alguns planos não têm chamadas
- Indicado para: Viajantes digitais, escapadas curtas, quem usa apps de mensagem
4. Comparativo de preços: qual opção oferece o melhor custo-benefício?
Valores médios por país (cotação atual de julho, 2025)
Opção | Estados Unidos | Japão | Portugal |
---|---|---|---|
Roaming | R$ 39,90/dia | R$ 39,90/dia | R$ 39,90/dia |
Chip local | R$ 100–R$ 150 (10 GB/10 dias) | R$ 70–R$ 120 (5 GB/7 dias) | R$ 80–R$ 100 (10 GB/15 dias) |
eSIM | R$ 25–R$ 50 (3–5 GB/5 dias) | R$ 30–R$ 60 (3–5 GB/7 dias) | R$ 25–R$ 45 (3 GB/5 dias) |
Para viagens de 5 dias ou mais, o chip local e o eSIM oferecem muito mais economia do que o roaming tradicional.
5. Facilidade de ativação: quais opções são mais práticas?
Roaming é automático, chip local exige troca, eSIM é digital
O roaming não precisa de nenhuma ação: basta estar com o plano ativo. O chip local exige trocar fisicamente o SIM e às vezes configurar o APN. O eSIM, por sua vez, é ativado via QR code ou app – leva menos de 10 minutos. Plataformas como Holafly têm suporte em português e guiam todo o processo.
6. Continuo recebendo chamadas e SMS?
Sim, mas depende da escolha
Com roaming, você mantém seu número brasileiro e pode receber chamadas e SMS normalmente. Com chip local, você recebe um número novo. Já com eSIM, o plano normalmente é apenas para internet, então comunicação acontece por WhatsApp, Telegram, etc.. Se manter seu número ativo é essencial, opte por roaming ou um celular dual SIM (físico + eSIM).
7. Vai visitar mais de um país?
Chip local pode ser limitante – eSIM e roaming são melhores nesse caso
O roaming cobre vários países com um mesmo plano, mas os preços variam. Chips locais geralmente funcionam apenas no país onde foram comprados. Já o eSIM oferece planos regionais, como Europa ou América Latina, ideais para quem vai visitar vários países na mesma viagem.
8. E se perder o celular ou tiver problemas?
Tenha sempre um plano B
O roaming tem suporte direto da operadora. O chip local pode ser difícil de recuperar em caso de perda. O eSIM está vinculado ao aparelho – se for perdido, a linha pode ser comprometida. Dica: mantenha o roaming ativo como backup ou use eSIM secundário, especialmente em viagens longas.
9. Melhor opção para viagens de negócios
Confiança e estabilidade são prioridades
Se você precisa estar disponível para chamadas, SMS e autenticações de segurança, o roaming é a opção mais segura. Mas a combinação eSIM com dados + chip físico com seu número brasileiro também funciona muito bem, especialmente para quem viaja com frequência.
10. Checklist técnico antes de embarcar
- Seu celular está desbloqueado e suporta eSIM?
- Você já ativou o roaming da sua operadora?
- Vai precisar receber SMS no exterior?
- Quantos dias e quais países você vai visitar?
- Instalou os apps necessários (Airalo, Holafly, etc.)?
11. Conclusão: escolha com base no seu perfil e destino
Não existe uma única resposta certa. Se você preza pela praticidade, o roaming é o mais fácil. Se quer economizar e tem mais tempo, o chip local pode ser ideal. Já o eSIM é um meio-termo moderno, prático e cada vez mais popular. Escolher a conexão certa pode melhorar muito sua experiência no exterior – evitando surpresas na fatura e garantindo acesso em qualquer situação.
Este conteúdo tem finalidade informativa. Os preços e condições podem variar conforme país, operadora e cotação do câmbio. Sempre verifique as informações atualizadas antes de viajar.