Por que as low cost ganharam tanto espaço entre os brasileiros?
Economia real na viagem — vantagens e armadilhas que ninguém te conta
No Brasil e em toda a América do Sul, companhias como Gol, Azul, JetSMART e Sky popularizaram a experiência do voo low cost. A promessa de passagens mais baratas realmente abriu o leque de destinos e tornou a viagem de avião mais acessível. Porém, sem entender as regras e taxas extras, o barato pode sair caro. Este guia traz tudo o que você precisa saber para viajar bem pagando menos — sem surpresas desagradáveis.
1. O que diferencia uma low cost de uma companhia tradicional?
Empresas low cost reduzem serviços ao mínimo essencial para cortar custos. Bagagem despachada, lanches, escolha de assento e entretenimento são cobrados à parte. Se você está acostumado com LATAM ou TAP, vale conferir o que está (ou não) incluso antes de comprar.
2. Política de bagagem e taxas: confira antes de reservar
A tarifa mais básica normalmente só inclui um item pessoal pequeno na cabine. Para levar mala de mão ou despachar bagagem, o valor varia de R$ 80 a R$ 250 por trecho. Comprar pelo site/app sempre sai mais barato do que pagar no balcão do aeroporto, onde o valor pode dobrar.
3. Escolha de assento e serviços extras: nada é grátis
Para escolher janela, corredor ou fileiras dianteiras, o valor costuma variar entre R$ 30 e R$ 100 por passageiro. Bebidas e snacks são vendidos a bordo. Se quiser garantir conforto ou viajar junto com familiares, faça a reserva antecipada pelo app da companhia.
4. Alterações e cancelamentos: regras rígidas e pouca flexibilidade
Tarifas promocionais não permitem reembolso nem alteração, ou cobram taxas elevadas (a partir de R$ 200). Se existe chance de mudar seus planos, avalie tarifas flexíveis ou adicione seguro de viagem.
5. Voos em horários alternativos e custo do deslocamento até o aeroporto
Muitas low cost operam em horários pouco convencionais (madrugada ou final da noite), quando não há transporte público disponível. Uma corrida de app entre o centro de São Paulo e Guarulhos pode custar mais de R$ 120. Considere todos os custos de locomoção na hora de escolher seu voo.
6. Terminais e balcões de atendimento: onde e como embarcar
Companhias low cost usam, por vezes, terminais secundários ou aeroportos regionais (exemplo: Viracopos em Campinas, Confins em BH). Consulte no site da empresa o terminal correto e calcule o tempo necessário para o embarque.
7. Check-in digital obrigatório e horários rígidos
Check-in online é obrigatório em quase todas as low cost, normalmente disponível a partir de 48 horas antes do voo. Fazer check-in no aeroporto pode custar até R$ 50 extras e filas longas são comuns. Baixe o cartão de embarque no celular para evitar imprevistos.
8. Conforto a bordo: menos espaço e serviços limitados
Os assentos são mais estreitos, com menos espaço para as pernas. Mantas, entretenimento ou lanche grátis não estão inclusos. Para voos de mais de duas horas, leve água, lanche e algum entretenimento pessoal.
9. Custo total: some todos os extras antes de finalizar a compra
O preço promocional é só o ponto de partida. Bagagem, assento, alimentação e taxas administrativas podem aumentar bastante o custo final. Use comparadores como Kayak, Google Flights ou Skyscanner Brasil para ter uma noção real do valor total.
10. Atrasos e cancelamentos: direitos do passageiro e prevenção
Segundo a ANAC, voos low cost têm mais atrasos e cancelamentos do que companhias tradicionais. Se o voo atrasar mais de 1 hora, você pode exigir assistência; em caso de cancelamento, o reembolso deve ser integral. Guarde todos os comprovantes para acionar seus direitos.
11. Seguro viagem: indispensável mesmo em voos nacionais
Serviços de apoio das low cost são limitados. Contrate seguro viagem que cubra perda de bagagem, atrasos, problemas de saúde e acidentes. Existem planos a partir de R$ 30 por trecho. Sempre leia as condições e exclusões.
Casos reais de brasileiros: como evitar prejuízos desnecessários
Um passageiro da Azul em Recife teve que pagar R$ 250 por uma mala despachada porque não fez a compra antecipada. Já uma família perdeu o embarque da Gol em Congonhas por não ter feito check-in digital — e precisou comprar novas passagens. Estes exemplos mostram como a informação faz diferença na experiência low cost.
Checklist para voos low cost no Brasil
- Na reserva: Verifique valores de bagagem, assento e taxas extras
- Antes da viagem: Confirme o terminal, horários e faça check-in online
- No dia do voo: Chegue cedo e tenha o cartão de embarque no celular
- Em caso de problemas: Tenha apólice de seguro e opções de transporte à mão
Resumo: low cost pode ser uma ótima escolha se você planejar e se informar
Voar com low cost no Brasil e América do Sul é realmente vantajoso se você entende as regras e se prepara. Siga estas dicas e viaje pagando menos — sem surpresas. O segredo está no planejamento e no conhecimento das condições.